terça-feira, 25 de outubro de 2011

morbidez

a fresta
da aurora
não se abriu
e tudo
o que sinto
é noite

sorrisos
não giram
em órbitas
insones

as gralhas
voltam
famintas
e infligem
suas ânsias

as feridas
servem-se
às comensais

não se esculpe
harmonia
em peito
endurecido

as paredes
cantarolam
pavores
e segredam
vertigens

na pele
só aspereza
da voz
que calou

não se fertiliza
mãos secas
de sóis
com lágrimas

e na língua
um viçoso
deserto
a gritar

Um comentário:

faça uso de sua lâmina...

in agradecimento

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