me aprisiona
mas horizonte
não alcanço
para quê
ter braços
e pernas
sem o bailado
do tempo?
antes do verso
um grão estático
em chão alheio
esparramada
em lírica
sou torrente
a passar
sem regresso
tudo invado
dessas ânsias
que não sinto
medo
abro
frestas
nas janelas
que se fecham
para mim mas se olho
é visto
a minha espreita
eu tanjo
ao redor
de meus segredos
um labirinto
forjei
há muito
que não sei
em que senda
me perdi
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