sexta-feira, 7 de outubro de 2011

senda

ínfimo espaço
me aprisiona
mas horizonte
não alcanço

para quê
ter braços
e pernas
sem o bailado
do tempo?

antes do verso
um grão estático
em chão alheio

esparramada
em lírica
sou torrente
a passar
sem regresso

tudo invado
dessas ânsias
que não sinto
medo

abro
frestas
nas janelas
que se fecham
para mim

mas se olho
é visto
a minha espreita
eu tanjo

ao redor
de meus segredos
um labirinto
forjei

há muito
que não sei
em que senda
me perdi

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