quarta-feira, 12 de outubro de 2011

desencontro

estremeci
diante da vista
que esperneava
afora da fresta
que me espargia

os caminhos
reclamavam-se
sob a pouca luz
que já não definia
horizonte

nenhum deles
queria me levar
pois sabiam
do peso
que lhes cavaria
buracos

é sempre assim
quando acordo
: vejo meu rumo
fugindo de mim

2 comentários:

  1. olha, nem sei o que dizer. poesia forte. poesia mesmo. parabéns pela sinceridade, se é que se pode dizer assim.

    abraço

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  2. Gostei desse, os caminhos e rumos fugindo... nas duas primeiras estrofes o poema está mais pesado, angustiante, principalmente na primera:"estremeci" "vista que se esperneava" "me espargia".. depois fica extremamente melancólico eu acho, um cansaço "Nenhum deles/ queria me levar" "É sempre assim/ quando acordo.."

    in... cansei disso
    Raul

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in agradecimento

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