segunda-feira, 17 de setembro de 2012

desaba(fa)ndo (3)

tão caudaloso
torna-se
o amor
dessangrado
do peito

desaba(fa)ndo (2)

lembra-te de mim
: sou a falsa serpente
  que esmagaste a cabeça
  ao beijar-te o calcanhar

desaba(fa)ndo (1)

estou doente
não me curo da ferida que abriste com teu desprezo
não me curo da amargura que causaste ao desconsiderar o que sinto

quando me tornei ameaça, afastaste-me sem uma gota de piedade
e me pôs a culpa
teu egoísmo matou-me em teu peito