sábado, 10 de dezembro de 2011

mito

sem peso
a lâmina do dia
afunda na carne
                         que a desafia

o pescoço enviúva
nos braços da guilhotina
armada para decepar
                                  evolução

sob a guarda de
                         sísifo
a cabeça rola
infinitamente
                     derrota abaixo
                     derrota acima

nenhum atenuante
testemunha
                  tanta inflição



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4 comentários:

  1. Gosto da tua poesia.
    Apesar do "negrume"...
    Beijo.

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  2. quantas vezes a poesia é o olhar luminoso que rasga os mantos noturnos, essas ervas daninhas do sonho.
    lâminas em metal fundente sobre todas as realizações do ser. como a vida é. como a poesia deve ser.
    admirável, querida amiga!
    beijinho!

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  3. Porque assim são os ciclos e contra esse processo nada podemos fazer.

    Um beijo, bem-vinda ao meu blog.

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  4. Tem um bom fim de semana.
    Desejo que tenhas um Bom Natal e um ano de 2012 muito feliz, extensível aos que te são mais queridos.
    Beijo.

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in agradecimento

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